quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

BUGATTI

BUGATTI

Que pessoa nesse planeta não teria vontade de pilotar uma máquina dessas: 1.001 cavalos de potência, motor W16, 4 turbos comprimidos e 10 radiadores. Ao pisar no acelerador um simples mortal pode ir de 0 a 100 km/h em apenas 2,5 segundos. Se o mortal não desmaiar presenciando esse milagre e continuar pisando no acelerador, o bólido é capaz de atingir 405 km/h. Não, isso não é um avião. É um BUGATTI VEYRON, um dos automóveis mais exclusivos e caros do mundo.

A históriaEttore Bugatti nasceu em 1881 na famosa cidade italiana de Milão. Sim, o senhor Ettore era italiano, apesar de construir sua vida e sua famosa empresa na França. Nasceu em um ambiente que seria decisivo para seu futuro: uma família de artistas. Embora tivesse nascido também com aquela indefinida característica genética que causa o entusiasmo pelo automóvel, o meio artístico em que nasceu e foi criado teria uma profunda influência em sua vida. O pai de Ettore, Carlo Bugatti, é até hoje famoso por sua mobília artística. Desde garoto, apresentou aptidão para a mecânica. Aos 18 anos abandonou a Escola de Belas Artes de Milão, para desgosto do pai, e foi contratado como aprendiz na empresa Prinetti & Stucci, em sua cidade natal. Lá participou de seu primeiro projeto automobilístico, um triciclo motorizado. A partir daí ele passou rapidamente por várias empresas, até que fixou residência na cidade de Molsheim, na Alsácia francesa, onde conseguiu financiamento para desenhar o primeiro BUGATTI em 1908: o tipo 10.

No ano seguinte ele fundou oficialmente sua fábrica de automóveis. Desde o começo mostrou um senso de estética e proporção que impressionam até os dias de hoje. Todos os componentes de seus veículos deviam, antes de funcionar bem, ter uma aparência impecável. Os motores sempre foram construídos em perfeitas formas geométricas, sem que nenhuma parte visível ficasse sem acabamento. Carros de competição se tornariam seu forte, visto que Ettore logo descobriu que os pilotos pagavam qualquer coisa por um veículo competitivo e veloz. E, dotados de pára-lamas e pára-choques, esses modelos de competição se tornavam excelentes carros de passeio para os mais abastados. Um dos carros mais conhecidos de Ettore foi o imortal modelo T35 (Tipo 35), sua primeira obra-prima e um dos automóveis de proporções mais perfeitas já criados. Suas magníficas rodas de alumínio ficavam fora da carroceria, uma delicada e minimalista criação que escondia completamente seus componentes mecânicos e culminava com o hoje famoso radiador em forma de ferradura. E não era só belo: equipado com um motor de oito cilindros em linha, pela primeira vez na marca, contava com comando no cabeçote e três válvulas por cilindro, que girava extremamente alto para sua época.

O modelo 35 teve longa carreira, de 1924 até 1931. Durante esses anos, 600 unidades foram construídas, venceu mais de 2.000 corridas (considerado o maior vencedor de corridas de todos os tempos), tendo feito sua estréia no GP da França de 1924. Foi o transporte preferido dos playboys abastados dos anos 20 (Isadora Duncan morreu em um deles, quando seu cachecol se prendeu a roda em movimento) e transformou a BUGATTI numa marca respeitada, admirada e desejada. Não foi por acaso que no dia 1 de maio de 1925 o senhor Ettore registrou o slogan “Le Pur Sangre Des Automobiles” (“O puro sangue dos automóveis”) para seus preciosos carros.

“Seus carros são realmente ótimos, Monsieur Bugatti, mas para um verdadeiro gentleman, somente os Rolls-Royce são adequados”. Quando ouviu essa afirmação em uma reunião social em meados desta década, Ettore não ficou revoltado como era de se esperar. Uma pessoa obviamente inteligente ele logo começou a pensar nos motivos que levaram aquela linda jovem bem nascida a dizer tal coisa. Os Rolls-Royce, apesar de tecnicamente inferiores aos carros do senhor Ettore, tinham já naquela época qualidade e confiabilidade incrível. Carros enormes, relativamente velozes e caríssimos, eram a escolha preferida da nobreza européia, e, portanto a jovem não deixava de ter razão. Ettore resolveu então que não aceitaria passivamente essa situação. Discussões inúteis não valeriam a pena: Ettore iria construir sua resposta. O resultado foi o tipo 41 “La Royale” ou, como é mais conhecido, o BUGATTI ROYALE.

O modelo carregava uma mascote paquidérmica (um elefante de bronze feito por Rembrandt, irmão mais novo de Ettore), no radiador por um bom motivo: era um carro gigantesco. Media 4,32 metros de entre eixos, pesava mais de três toneladas e custava o equivalente a três modelos Rolls-Royce Phantom II. Nenhuma de suas peças recebia banho de cromo. Ettore achava que tal metal era vulgar demais para os carros, substituindo-o por banhos de prata. Um dos carros mais lendários já criados, por seu glorioso exagero nas proporções, o modelo conseguiu duas coisas: elevar a BUGATTI à um patamar acima da Rolls-Royce, como pretendido, e apontar à empresa uma direção que a levaria, em última instância, à falência. Em 1927, um ano após a apresentação do Royale, que se tornou um divisor de águas dentro da empresa, a BUGATTI inaugurava seu departamento próprio de carrocerias, onde seu filho Jean criaria obras nunca antes vistas. O Royale provou ser um modelo difícil para vender, situação que piorou com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929 e a conseqüente crise econômica.

Apenas seis carros foram criados em seis anos, de 1926 a 1931, mas três ficariam por décadas com a família Bugatti. O primeiro a ser vendido (chassi 41111) foi o lendário roadster encomendado pelo milionário francês Armand Esders.

Os Bugatti Royale raramente são postos à venda. Como são carros famosos, historicamente importantes e raríssimos (apenas seis existem), quando alguém resolve vender um, casas de leilão se entusiasmam, fortunas estremecem e todos esperam o momento em que uma quantidade exorbitante de dinheiro trocará de mãos. Na última vez em que isso ocorreu, em um leilão no Royal Albert Hall em 1987, o colecionador americano Miles Collier vendeu seu Royale para o sueco Hans Thulin por quase US$ 8 milhões, o valor mais alto pago por um carro até hoje.

Em 1931, Ettore já havia deixado a operação da fábrica sob a responsabilidade de seu filho Jean, então com apenas 22 anos. Quando uma greve estourou em 1936, Ettore, um homem que dirigia sua empresa como um senhor feudal, ficou extremamente abalado, a ponto de abandonar Molsheim e se exilar em Paris, onde passou a se concentrar no lucrativo negócio de trens. Os trens BUGATTI são uma história a parte: eram vagões integrados à locomotiva, altamente aerodinâmicos e propelidos por uma combinação de dois ou quatro motores de oito cilindros em linha do modelo Royale. Bateram vários recordes de velocidade, mantiveram-se em operação até 1958 e garantiram a sobrevivência da empresa durante a crise dos anos 30.

Enquanto isso, Jean ficou livre para inovar. O modelo Tipo 57 é provavelmente o melhor dos clássicos da marca e o mais vendido, 710 unidades. Quando Ettore começou a criar carros, em 1899, Enzo Ferrari era um menino. William Lyons, da Jaguar, só criaria seu primeiro esportivo no final dos anos 30, quando a BUGATTI já era uma marca de tradição. Mas em comum com esses dois pioneiros, uma infeliz história: todos criaram filhos com a intenção de torná-los seus sucessores. E, tragicamente, todos os três perderam esses filhos antes que pudessem fazê-lo de modo completo. Jean Bugatti morreu em 1939, com apenas 30 anos de idade, em um acidente ao testar uma versão de seu clássico tipo 57SC. Ettore nunca se recuperou dessa dor. Em 1947, morreu aos 66 anos.

A BUGATTI fechou as portas em 1951, efetivamente sem direção. Os outros herdeiros de Ettore (Roland e as duas filhas, L’Ébé e Lidia) tentaram continuar a fábrica, criando o tipo 101 (um modelo 57 modificado), de 1951, e o 251 de competição, em 1956, com motor central-traseiro, mas sem êxito. Durante este período, diversos investidores tentaram salvar a tradicional montadora, mas sem efeito, a BUGATTI continuou a produzir somente peças para aviões. Depois de muitos altos e baixos, a marca passou para o controle do italiano Romano Artioli em 1987, com uma nova fábrica sendo construída em Campogalliano, perto de Modena, onde foram montadas várias unidades do modelo EB 110, uma obra dos designers da Lamborghini, Paolo Stanzani e Marcello Gandini, apresentado ao público oficialmente em 1991. Mas a aventura durou pouco e logo a empresa entrou em falência.

Em 1998 os direitos sobre a BUGATTI foram adquiridos pelo Grupo Volkswagen, que inicialmente apostou na criação de protótipos. Mas, para delírio dos fãs, os dirigentes da montadora alemã confirmaram, durante o Salão do Automóvel de Genebra, que o superesportivo BUGATTI EB 16-4 VEYRON chegaria ao mercado em 2003. O novo modelo era um super-bólido equipado com motor de 16 cilindros em W, com 1.001 CV (mesma potência de 12 carros populares), atingindo uma velocidade máxima de 407.5 km/h. Para agüentar a potência do motor o veículo era equipado com um câmbio de sete marchas e duas embreagens. O modelo entrou em produção em 2005, e teve sua primeira unidade entregue no ano seguinte. A BUGATTI que durante décadas construiu os carros mais fascinantes de todos os tempos renascia sob o controle da Volkswagen, 90 anos depois de Ettore Bugatti ter apresentado seu primeiro modelo em Molsheim na Alsácia. Recentemente a BUGATTI iniciou a produção da versão targa do Veyron, um conversível com teto rígido batizado de BUGATTI VEYRON GRAND SPORT, um modelo ultra exclusivo com tiragem de apenas 150 exemplares, sendo que 50 delas destinadas a clientes vips da marca francesa. O modelo além do teto rígido de policarbonato transparente e que pode ser retirado, conta com um “estepe”, já que depois de retirado, o teto rígido não pode ser transportado no carro. Trata-se de uma segunda cobertura de lona, que serve pra proteger os ocupantes em caso de chuva. Um detalhe, o superesportivo com o teto no lugar poderá atingir a mesma velocidade máxima do Veyron fechado, de 407 km/h. A marca já anunciou que um sedã esportivo, batizado de Galibier, será produzido em série muito em breve.

A velocidade em estado bruto
Desde que a primeira unidade foi oficialmente entregue em 2006, o BUGATTI VEYRON foi considerado pela a revista americana Forbes o carro mais caro do mundo (para adquirir um modelo é preciso desembolsar mais de US$ 2 milhões). E um dos mais velozes (só para fazer uma comparação, em 15 segundos o modelo deixaria a Ferrari F2005, pilotada na época por Schumacher comendo poeira, já que ela não teria mais marcha pra continuar a disputa). Rapidamente o modelo, que supera os 407 km/h de velocidade final, se transformou em sonho de consumo de muita gente, mas que poucos um dia na vida terão o prazer de guiá-lo. Não satisfeita, recentemente a montadora apresentou a nova versão SUPER SPORT do super-esportivo. A montadora revelou que os 1.001 cavalos de potência da versão original ficaram bem para trás. A nova versão, apresentada em 2010, tem mais de 1.200 cavalos de potência, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 2.4 segundos e atingir velocidade máxima de 431 km/h. Para conter toda esta potência, a BUGATTI também melhorou o sistema de freios, o qual é capaz de frear mais rápido do que acelera, precisando de apenas 2.2 segundos em uma frenagem de 100 a 0 km/h (o atual Bugatti Veyron precisa de 10 segundos para frenagem de 400 a 0 km/h). Além disso, as nove grades de titânio, que ajudam o carro a esfriar, foram desenhadas para evitar que pássaros fiquem presos e causem acidentes. No dia 7 de maio de 2009, a montadora anunciou que foi entregue o BUGATTI VEYRON de número 200 para um cliente do Oriente Médio. Recentemente, a marca anunciou que vendeu o último dos 300 exemplares do Veyron, a última unidade derradeira deve ficar pronta apenas em 2012 e será entregue a um milionário desconhecido na Europa. A BUGATTI continuará produzindo apenas a versão conversível, apresentada pela primeira vez em 2008.

Para que possa atender aquele restrito público de consumidores cheios da grana, a marca divulgou recentemente três de suas novas versões do conversível BUGATTI VEYRON GRAND SPORT 16.4, Equipado com motor 16,4 litros, com 16 cilindros em W (junção de dois V8). O principal diferencial são as cores da carroceria. O destaque é a combinação de amarelo e preto, tema usado inclusive nos bancos em couro amarelo e costura preta. O console central é em fibra de carbono preta, enquanto o painel do volante e câmbio são revestidos em couro preto com costura amarela. A edição especial custa nada menos que €1.58 milhões. Outra opção apresentada foi a combinação de azul carbono com alumínio polido, com belas rodas em alumínio polido e dois tons de acabamento, e mais, com belas grades frontais e entradas de ar em alumínio e acabamento espelhado. A terceira opção apresenta uma cor inferior no tom de tangerina e apenas porta, console central, painel e painel de instrumentos do volante são revestidos em couro azul escuro e fibra de carbono azul, com costura tangerina no volante e na alavanca de câmbio. E quando se achava que o Veyron não ganharia mais edições exclusivas eis que surge a marca com uma novidade. Trata-se da versão L’Or Blanc (ouro branco, em francês), que se destaca por substituir a tinta que reveste o metal e a fibra da carroceria por pigmentação à base de porcelana. O preço da novidade condiz com sua peculiaridade: €1.65 milhões.

ExclusividadeUma jóia de engenharia do quilate de um BUGATTI não tem uma produção simples. Tudo é feito artesanalmente, o que justifica os milhões de euros que custa uma obra-prima desta. Ao encomendar o carro hoje, o comprador só o receberá em aproximadamente um ano e meio. Depois de cinco meses da encomenda, deve-se ir à sede da marca, em Molsheim na França, para escolher os materiais de acabamento. Por fim, na entrega, o privilegiado novo proprietário passa por um treinamento com o piloto oficial da BUGATTI, o francês Pierre Henri Raphanel, para aprender a domar a fera. A marca dispõe também de cinco técnicos, responsáveis por pequenos grupos de clientes. São como padrinhos. Cada proprietário tem o seu à disposição. Além disso, a empresa monitora o tempo todo o carro. Se algum problema ocorrer o cliente será atendido na hora.

Design além dos automóveisNos últimos anos a tradicional marca começou a espalhar seu DNA de design por outras áreas, como por exemplo, roupas, perfumes (cujo desenho do vidro lembra as linhas contemporâneas do Veyron 16.4), linha de cosméticos, miniaturas de automóveis, acessórios como chaveiros, malas de couro, bonés, carteiras e até guarda-chuva.

Dados corporativos● Origem: França● Fundação: 1909● Fundador: Ettore Bugatti● Sede mundial: Molsheim, França● Proprietário da marca: Volkswagen AG● Capital aberto: Não (subsidiária)
● Chairman: Ferdinand K. Piëch (VW AG)
● CEO: Wolfgang Durheimer● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Vendas globais: 40 unidades (2010)
● Presença global: 80 países
● Presença no Brasil: Sim● Funcionários: 1.200● Segmento: Automobilístico● Principais produtos: Automóveis esportivos de luxo● Principais concorrentes: Ferrari, Lamborghini, Pagani e Aston Martin
● Ícones: A tradicional grade do radiador● Slogan: Le Pur Sangre Des Automobiles.● Website: www.bugatti.com

A marca no mundoA empresa, localizada em Molsheim Château St. Jean, próximo a Estrasburgo, tem produção extremamente limitada, no máximo 50 carros por ano, que são vendidos em mais de 80 países do mundo. De acordo com a marca, 30% das vendas de seus veículos estão nas Américas, 30% na Europa e 30% no Oriente Médio. Hoje existem no mundo aproximadamente 300 unidades da nova geração do BUGATTI rodando ou repousando em luxuosas garagens.

Você sabia?
● As letras EB que estão na logomarca da montadora, são as iniciais de Ettore Bugatti, e por isso muito modelos da marca foram batizados com essas iniciais, como o EB 110.
● No dia 2 de janeiro de 2009, foi revelado que um raríssimo BUGATTI TYPE 35 ATALANTE de 1937 foi encontrado na garage de um cirurgião morto na Inglaterra. Apenas 17 unidades deste modelo foram fabricadas, todas feitas à mão.
● Dizia-se que Ettore Bugatti não permitia que se projetassem espelhos retrovisores em seus carros por acreditar que quem dirigia um BUGATTI não se importaria com os carros que ficassem para trás. Ao contrário do que reza a lenda, porém, um dos dois exemplares Royale da coleção Schlumpf, possui o equipamento.

BOSCH

BOSCH

A BOSCH é, há mais de um século, sinônimo de tecnologia de ponta não só no setor automobilístico, onde é conhecida por suas velas de ignição e rádio automotivos. Seus produtos estão em nossa vida cotidiana mais do que podemos imaginar: refrigeradores, ferramentas elétricas, equipamentos domésticos, máquinas industriais, sistemas de segurança, entre outros.
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A história
No primeiro andar de um modesto prédio na rua Rotebühlstrasse 75B na cidade de Stuttgart na Alemanha, Robert Bosch, um hábil inventor, abriu sua oficina de engenharia elétrica e precisão em 15 de novembro de 1886. Era o início de um dos maiores grupos privados do planeta. Inicialmente a empresa era apenas uma pequena oficina de consertos e recuperação de aparelhos elétricos e mecânicos. Apesar disso, no ano seguinte, construiu a primeira ignição magnética por encomenda de um produtor de máquinas. No mesmo ano testou-a num triciclo. Aliás, o inventor que daria uma contribuição decisiva para o desenvolvimento do automóvel, era um grande fã da bicicleta, que usava para atender melhor e mais rapidamente seus clientes levando seus produtos para amostra. Dez anos depois a ignição magnética foi testada pela primeira vez em automóveis.
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Foi só em 1901 que Bosch pôde comprar um prédio em Stuttgart onde abriu sua primeira fábrica, com 45 funcionários. Após o desenvolvimento da ignição com alta tensão em 1902, o mecanismo difundiu-se mundialmente com grande velocidade. No ano seguinte desenvolveu a ignição magnética de alta voltagem. Em 1904, Camille Jenatzy venceu uma corrida na Irlanda com seu Mercedez-Benz equipado com uma ignição magnética BOSCH de baixa voltagem, dando início a uma estrita relação da BOSCH com as corridas automobilísticas. Foi neste mesmo ano que a empresa produziu seu primeiro produto para uso doméstico: o aspirador de pó. Em 1906, veio a primeira representação nos Estados Unidos (Nova York) da BOSCH Magneto Company. A primeira fábrica da BOSCH foi inaugurada na cidade de Springfield, estado americano de Massachusetts, no ano de 1910.
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Pouco depois, em 1913, a BOSCH foi o fornecedor da indústria automobilística a produzir um sistema elétrico completo, com ignição, velas, faróis, dínamo e circuito regulador. Na década de 20 a BOSCH inicia um forte período de expansão pela Europa inaugurando muitas subsidiárias, como em 1924, na cidade de Estocolmo na Suécia. No início da década de 30 a BOSCH surpreendeu os consumidores ao introduzir o primeiro refrigerador doméstico, ingressando no mercado de utensílios para casa, no qual se tornaria uma das líderes mundiais. O fundador da empresa morreu em 12 de março de 1942, em plena Segunda Guerra Mundial. Durante o conflito a BOSCH, juntamente com outras grandes empresas alemãs como a Volkswagen, Basf, Bayer, ThyssenKrupp, Porsche, admitiu ter utilizado trabalho escravo para a produção de autopeças durante o regime nazista.
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No início da década de 50, a empresa Gutbrod introduziu um automóvel de pequeno porte no mercado europeu, sendo o primeiro equipado com injeção de combustível produzido pela BOSCH. Nos anos seguintes a BOSCH ampliou sua linha de produtos eletrodomésticos com o lançamento do Neuzeit (1952), predecessor dos atuais processadores de comidas; do primeiro Freezer (1956); da máquina de lavar (1958); da máquina de lavar louça (1964); e da a lavadora e secadora em uma única peça (1967). Em 1997, a BOSCH adquiriu a empresa americana Skil, produtora de ferramentas elétricas, fundada em 1924 em Chicago, e pioneira na invenção da serra circular, do interruptor de velocidade variável e da parafusadeira a bateria.
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A linha do tempo
1913● Primeiro lâmpadas para os faróis dos automóveis.
1914
● Primeiro motor de partida elétrico BOSCH. Antes disso, era preciso empregar uma manivela e os músculos.
1921
● A primeira buzina causou sensação no Salão do Automóvel em Berlim.
1922
● Fabricadas as primeiras baterias para motocicletas; os automóveis tiveram que esperar por elas até 1927.
1926
● Início da produção de limpadores de pára-brisas.
1927
● Primeira bomba de injeção para diesel (caminhões).
1932● A primeira furadeira elétrica inaugura a era das ferramentas com pequenos motores.
1936
● Primeira injeção de diesel para automóveis.
1950
● Primeiros automóveis produzidos em série com a injeção a gasolina BOSCH.
1967
● Novidade mundial: o primeiro sistema de injeção eletrônica BOSCH.
1972
● Início da fabricação de máquinas de embalagens.
1976
● Introdução dos robôs para automação industrial.
● Produção dos primeiros sensores de oxigênio.
1978
● Outra novidade mundial: o primeiro ABS (Anti-Blocking-System).
1986● Lançamento do Sistema de Controle de Tração (conhecido como TCS).
2003● Lançamento, sob a marca Blaupunkt, do rádio automotivo digital com MP3.

2004
● Lançamento da Ixo, a menor parafusadeira sem fio de todos os tempos, que se tornou a ferramenta elétrica mais vendida do mundo em 2005.
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Entre os inventos mais modernos criados pela BOSCH estão sistemas de navegação da subsidiária Blaupunkt, novos sistemas de iluminação para faróis e o programa eletrônico de estabilidade.
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Os setores
O Grupo BOSCH atua em três divisões distintas dentro do mercado mundial:
Tecnologia Automotiva
O setor é o mais amplo segmento de negócios do Grupo BOSCH (sendo responsável por cerca de 65% do faturamento mundial), com 165.700 colaboradores. Em 2008 seu faturamento foi de €26.4 bilhões. O setor possui 10 divisões de negócios:
● Gasoline Systems
● Diesel Systems

● Chassis Systems Brakes (freios)
● Chassis Systems Control
● Electrical Drives
● Starter Motors and Generators
● Car Multimedia
● Automotive Electronics
● ZF Steering Systems
● Automotive Aftermarket
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Tecnologia Industrial
Neste setor atuam cerca de 38.000 colaboradores. Em 2008 seu faturamento foi de €6.7 bilhões. O setor possui 2 divisões de negócios:

● Bosch Rexroth AG (automação industrial - motores para aplicações industriais)
● Packaging Technology (tecnologia de embalagens)
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Bens de Consumo e Tecnologia de Construção
Neste setor atuam 58.000 colaboradores. Em 2008 seu faturamento foi de €11.9 bilhões. O setor possui 4 divisões de negócios:
● Power Tools (ferramentas elétricas)

● Thermotechnology (aquecedores)
● Household Appliances (eletrodomésticos)
● Security Technology (sistemas de segurança)
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Os centros de serviçoA empresa possui uma enorme rede de centros de serviços automotivos BOSCH SERVICE, onde o cliente irá encontrar todos os serviços para seu automóvel em um único lugar, com a confiança, a qualidade e a tecnologia que só a Bosch pode oferecer. Não importando a marca, o veículo será atendido de pára-choque a pára-choque, com serviços rápidos e precisos, equipamentos de última geração, profissionais treinados pela BOSCH e garantia de peças originais. A rede possui um conceito inovador, oferecendo diversas vantagens como: produtos e serviços de ignição e injeção eletrônica, parte elétrica e iluminação, alinhamento de direção, balanceamento de rodas, freios, suspensão e muito mais; garantia de peças originais; equipamentos de teste de última geração para diagnósticos rápidos e precisos; profissionais treinados pelos fabricantes; e ótimo atendimento, conforto e conveniência. Atualmente são mais de 12.000 BOSCH SERVICE espalhados pelo mundo, mais de 1.300 somente no Brasil.
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Os slogansInvented for life. (2007)
Your Life. Our Inspiration. (2004)
Ideas that work. (2002)
We bring innovation. (2000)
One BOSCH, Always BOSCH. (1955)
Much more easily with BOSCH. (1963)
Tecnologia para a vida. (Brasil)
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Dados corporativos
● Origem: Alemanha● Fundação: 15 de novembro de 1886● Fundador: Robert Bosch● Sede mundial: Gerligen, Alemanha● Proprietário da marca: Robert Bosch Foundation● Capital aberto: Não● Chairman: Dr. Hermann Scholl
● Presidente:
Franz Fehrenbach● Faturamento: €45 bilhões (estimado)
● Lucro: €942 milhões (estimado)
● Fábricas:
290● Centros de serviços automotivos: 12.000● Presença global: 150 países● Presença no Brasil: Sim (11 fábricas)
● Maiores mercados:
Europa, Alemanha e América do Norte● Funcionários: 280.000● Segmento: Diversos
● Principais produtos: Partes automotivas, ferramentas, eletrodomésticos, sistemas de segurança
● Slogan: Invented for life.● Website: www.bosch.com
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A marca no Brasil
No Brasil desde 1954, a empresa, principal integrante do Grupo BOSCH na América Latina, oferece produtos e sistemas para todos os fabricantes de veículos instalados no país. No mercado nacional de reposição automotiva, que também lidera, a empresa oferece a mais abrangente linha de produtos e a maior rede de serviços autorizados. Suas quatro unidades fabris - localizadas em Campinas (SP) onde produz chassis, sistemas a gasolina, de segurança e eletrônicos, ferramentas elétricas e peças para o setor automotivo; Curitiba (PR) onde são fabricados sistemas Diesel; Aratu (BA) e São Paulo, São Paulo, onde produz para o mercado de reposição automotivo, aquecedores de água a gás e máquinas para embalagens. A BOSCH, que emprega 13.500 pessoas no país, ainda possui empresas coligadas como a BSH Continental Eletrodomésticos, que fabrica fogões, refrigeradores, freezers e lava-louças, em Hortolândia (SP); e a Bosch Rexroth, de automação industrial, com fábricas em Atibaia (SP) e Pomerode (SC).
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A marca no mundo
O Grupo BOSCH é uma das maiores corporações industriais privadas do mundo, com 280.000 empregados, 290 fábricas espalhadas por 50 países e vendas anuais acima de €45 bilhões, estando presente em 150 países ao redor do mundo, com 49% de suas vendas oriundas de fora da Alemanha. A BOSCH é a terceira maior produtora de eletrodomésticos do mundo.
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Você sabia?
● A cada ano a BOSCH destina mais de €3.8 bilhões para pesquisa e desenvolvimento e solicita registro de mais de 3.000 patentes em todo o mundo.
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BOEING

BOEING

O sobrenome de Willian Boeing, fundador da empresa, tornou-se sinônimo de avião. BOEING 737, 767, 757, 747 ou mais recentemente 777. E dificilmente quem anda ou já andou de avião não voou em um desses. O usamos também quando nos referimos a algo muito grande, dizendo que tal coisa “é do tamanho de um Boeing”. A empresa americana é um exemplo simples de como as marcas podem estar inseridas na nossa comunicação diária.

A história William Edward Boeing nasceu na cidade de Detroit em 1881, descendente de uma família de origem alemã. A família Boeing mudou-se para Seattle, na costa oeste americana. William cresceu e tornou-se um bem sucedido empresário do ramo madeireiro nos arredores de Grays Harbor, estado de Washington. Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, William e seu amigo George Conrad Westervelt, engenheiro e comandante de um esquadrão da marinha americana, começaram a acalentar o sonho de construir um hidroavião tão bom, ou melhor, que os já existentes. Compraram um hidroavião Martin e estudaram sua construção nos mínimos detalhes. Finalmente, criaram seu próprio modelo, batizado de B&W 1, que decolou em 29 de junho de 1916. Era o primeiro vôo de um BOEING. Surgia assim a Pacific Aero Products Company. Mostraram à marinha o avião, que logo agradou. Modificações foram feitas, e o novo modelo foi chamado de B&W “C” Model. Em 1917 foi declarada guerra à Alemanha. A Marinha encomendou 50 unidades do C-4, diretamente a Boeing Airplane Company, razão social adotada em 26 de abril do mesmo ano. Com o fim da guerra, a empresa encontrou dificuldades para sobreviver: passou a construir modelos desenhados por outras companhias. Seus projetistas desenvolveram então um ótimo avião, o trimotor para 12 passageiros conhecido como Model 80. Com esta aeronave, em 1926 a empresa venceu a concorrência para iniciar serviços de transporte de correio: nascia uma subsidiária, a Boeing Air Transport. Uma novidade foi à contratação de uma aeromoça (na verdade, uma ex-enfermeira) para cuidar dos passageiros durante os vôos entre San Francisco e Chicago. Com esta empresa aérea, muita experiência operacional foi adquirida.

Em 1932, a tradicional United Airlines adquiriu 60 unidades do Boeing 247, então a mais avançada aeronave produzida na América. A popularidade das viagens de avião durante a década de 30 e o crescente número de passageiros querendo voar sobre o oceano, levou a Pan American Airlines a procurar um hidroavião quadrimotor de longo alcance. Em resposta, a BOEING desenvolveu o modelo 314, conhecido popularmente como “Clipper”, que tinha alcance de 3.500 milhas e realizou oficialmente o primeiro vôo transatlântico no dia 28 de junho de 1939. Cerca de um ano depois, o Clipper estava voando rotineiramente através do Oceano Pacífico. Em 1936, outra aeronave que tornou a BOEING famosa começava a sair das pranchetas: foram os primeiros protótipos do B-17, apelidado de “Fortaleza Voadora”. No ano seguinte, o quadrimotor terrestre, BOEING 307, primeiro avião norte-americano pressurizado, foi lançado no mercado. Com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, as encomendas explodiram. Findado o conflito, a empresa desenvolveu um novo avião para transporte de passageiros, o modelo 377 Stratocruiser.

A vitória sobre a Alemanha nazista rendeu frutos inesperados. Os engenheiros da BOEING tiveram acesso aos projetos alemães, muito mais avançados em campos como propulsão e aerodinâmica. Com estes papéis em mãos, a empresa desenvolveu em 1950 seu primeiro jato, o B-47 Stratojet com seis turbinas; e seu projeto mais notável, o bombardeiro B-52 (que, passado mais de meio século, continua operacional na Força Aérea Americana). Com a força destes sucessos comerciais, a BOEING avançou em outras áreas da indústria aeroespacial. Foguetes balísticos intercontinentais de ataque, o módulo de propulsão do foguete Saturno V (que levaria o homem à lua), helicópteros Chinook, hidrofólios (peças que ajudas a abaixar a proa do barco), hovercrafts e mesmo um caça tático bi-supersônico são alguns dos projetos da empresa nos anos 60, quando já contava com mais de 100.000 funcionários e fábricas em Seattle e Wichita, Kansas.

No campo comercial, o sucesso do BOEING 707 deu origem a mais dois modelos: o tri-jato 727 em 1961, e em 1965 ao birreator 737, o avião mais vendido na história comercial da aviação. Os anos 60 marcaram ainda o mais fantástico projeto da empresa: o primeiro Widebody (conhecido como Jumbo), que ficaria famoso pelo nome comercial de BOEING 747. O cancelamento do supersônico 2707 e a crise energética de 1973 não ajudaram em nada os planos da empresa. A BOEING porém continuava líder inconteste no mercado civil, tendo entregue seu 3.000º jato comercial, um 727-200 para a Northwest Airlines, em 1977. A nova e terceira geração de jatos comerciais começava a ser desenvolvida com o anúncio do lançamento, em 1978, dos BOEING 7N7 e 7X7, que viriam a ser respectivamente o 757 e 767. Os anos 90 foram os mais difíceis para a empresa. Afinal, foi neste período que surgiu o único competidor capaz de enfrentá-la. Em número de encomendas, a BOEING perdeu o primeiro lugar como construtora de aeronaves comerciais para a européia Airbus, algo que não ocorria desde os tempos do modelo 707.

A reação começou em 1996, quando a McDonnell Douglas foi adquirida pela BOEING por US$ 13 bilhões. Nos anos seguintes a guerra entre BOEING e a rival européia Airbus acirrou, obrigando a empresa americana a se superar para não perder a liderança de mercado. Nesta voraz guerra, a BOEING deu uma cartada inesperada: anunciou o Sonic Cruiser, um ambicioso projeto na área de aeronaves comerciais. O Cruiser deveria voar longas distâncias à velocidades limítrofes à barreira do som, encurtando assim um vôo trans-pacífico em consideráveis 3 horas. Além disso, iria consumir mais combustível que os aviões de hoje (fala-se em 30% a mais), mas, em compensação, sua produtividade seria maior, gastando menos tempo para realizar uma viagem. O projeto se mostrou um fracasso e a BOEING concentrou suas forças na produção de suas mais novas e modernas aeronaves como o 777, o 787 e o novíssimo 747-8 Intercontinental.

A linha do tempo
1958
● Primeiro vôo comercial com o BOEING 707 (aeronave transcontinental com 4 turbinas) efetuado pela já extinta Pan American (Pan Am), no dia 26 de outubro, entre as cidades de Nova York e Paris. A versão era da série 707-120. Rapidamente diversas outras companhias aéreas adquiriram essa aeronave de enorme sucesso em todo o mundo, encurtando distâncias em longos vôos transatlânticos. O modelo era a maravilha da época. Podia transportar 181 passageiros em uma viagem sem escalas de Nova York a Paris. Em maio de 1991, foi suspensa a produção dessa aeronave, somando 1.010 unidades produzidas para uso comercial.
1964 ● Lançamento do BOEING 727, introduzido em serviço comercial no mês de fevereiro através da United Airlines. A aeronave utilizava três tripulantes na cabine de comando (comandante, co-piloto e o engenheiro de vôo). Foi a primeira aeronave tri-jato a ser disponibilizada no mercado. Em 5 de dezembro de 1977 a geração 727, bateu um recorde até então inédito. Foi transportado naquela data o passageiro de número 1 bilhão. Em setembro de 1995, esse número atingia 4.2 bilhões de passageiros transportados nesse tipo de aeronave, recorde absoluto em todo mundo. A sua produção comercial foi encerrada em agosto de 1984. Foram vendidas 1.832 aeronaves do modelo, incluindo todas as suas versões.
1967 ● Em 9 de abril foi realizado o vôo inaugural do modelo BOEING 737-100 (oficialmente denominados pela fábrica como “Originals”), entrando em serviço com a Lufthansa em fevereiro de 1968, como a primeira companhia aérea fora dos Estados Unidos à lançar um novo modelo da BOEING. Era um avião bi-jato, turbinas nas asas, bem mais econômico e versátil para pequenas e médias distâncias e que ocupava pouca pista. O modelo é o mais popular jato comercial de passageiros de fuselagem estreita (narrow-body) para médio-alcance no mundo. Com 6.160 pedidos e 5.009 unidades entregues, esta é a aeronave com a maior carteira de pedidos e de maior número de unidades de transporte de passageiros já produzida em todos os tempos. O modelo tem sido tão amplamente utilizado, há mais de 1.250 deles em vôo pelo mundo, que um 737 decola ou pousa a cada cinco segundos no mundo. No decorrer dos anos novas versões foram lançadas como o 737-200, versão original alongada introduzida em 1968; o 737-300, que entrou em serviço no dia 24 de fevereiro de 1984; o 737-400, versão desenvolvida para companhias áreas de vôos charters, que entrou em serviço no dia 19 de fevereiro de 1988; o 737-500, que entrou em serviço em 1990; o 737-600, que entrou em serviço em 1998 através da Scandinavian Airlines System; o 737-700, lançado pelas asas da Southwest Airlines em 1993, com capacidade para 124 passageiros, e que entrou em serviço em 1998; o 737-800, que entrou em serviço no ano de 1998; o 737-900, lançado pela Alaska Airlines em 1997, entrando em serviço no ano de 2000; e o 737-900ER, maior versão da aeronave com capacidade para até 215 passageiros, com “roll-out” (apresentação após a montagem final) ocorrida na fábrica, em Renton, Washington, em 8 de agosto de 2006 para o cliente estreante do modelo, a Lion Air. Ao todo foram produzidos e entregues mais de 6.600 aviões deste modelo, incluindo todas as versões.
1969
● Lançado oficialmente no dia 9 de fevereiro o modelo BOEING 747, em um vôo inaugural sob o comando do comandante Jack Waddell, do co-piloto Brien Wygle e do engenheiro de vôo Jess Wallick. Foi projetado na década de 60 para satisfazer a demanda de companhias aéreas norte-americanas, européias e japonesas por um tipo de equipamento mais adequado para viajar a grandes distâncias, ligando grandes centros urbanos sem necessidade de escalas para reabastecimento, sobrevoando inclusive o Oceano Atlântico, o Oceano Pacífico e outras regiões inóspitas e isoladas do planeta, como desertos e florestas. O modelo era widebody (como é designado todo avião comercial contendo três fileiras de assentos, com um par de fileiras de assentos próximas à janela e uma fileira no meio e dois corredores). O Jumbo ou “King of the skies” (o rei dos ares), como ficou conhecido o modelo, tornou-se a galinha dos ovos de ouro (“cash cow”) da empresa. Ao longo dos anos o modelo foi utilizado para o transporte de passageiros e cargas, com versões configuradas para 350 passageiros (baixa-densidade), 400 passageiros (média-densidade) ou 450 passageiros (alta-densidade). O desenvolvimento do modelo 747 quase causou a falência da BOEING pelos elevados custos de desenvolvimento, mas o esforço valeu a pena, pois ele se tornou um verdadeiro best seller, e certamente um dos maiores sucessos da empresa em todos os tempos. Em setembro de 1993, quando a BOEING fabricou seu milésimo aparelho, os 747 tinham transportado mais de 1.4 bilhões de passageiros, o equivalente a um quarto da população terrestre, e percorrido 28 trilhões de quilômetros. Desde 1969 já vendeu mais de 1.350 unidades, nas versões SP (um 747 mais curto), 100 (com 3 janelas na parte superior), 200 (com mais janelas na parte superior), 300 (com a parte superior alongada) e 400 (com wing-lets nas pontas das asas). O 747-400, a única versão do modelo ainda em fabricação, mas com vendas já suspensas, foi a que recebeu a maior quantidade de inovações técnicas e a introdução de novos materiais que permitiram uma significativa redução de peso e, como conseqüência, redução no consumo de combustível, além da adoção de motores mais silenciosos e de manutenção mais barata, entrou em serviço em 1989, tendo a Northeast Airlines como seu primeiro cliente. Uma das versões mais recentes do modelo, apresentada em 2005, é o moderno cargueiro 747-8F, que tem autonomia de vôo e peso de decolagem maior, e começou a voar somente em 2011. As companhias aéreas que tem mais BOEING 474 em suas frotas atualmente são a JAL (Japan Airlines), British Airways e Korean Air.

1982
● Lançamento oficial em 19 de agosto do primeiro BOEING 767, entregue a United Airlines, entrando em serviço somente no dia 8 de setembro, quando realizou a rota entre as cidades de Chicago e Denver. O modelo, um widebody com configuração de assentos 2x3x2 na classe econômica, foi projetado para longo alcance e baixo custo operacional, sendo o principal responsável pela grande popularização dos vôos transatlânticos na década de 80. Chegou a ser a aeronave que mais cruzava o Oceano Atlântico diariamente. Em março de 1984 surgiu o modelo 767-200ER, uma versão que tinha um alcance superior, mesmo quando muito pesado, e um tanque central adicional para permitir vôos ainda mais longos. A primeira companhia aérea que operou este modelo foi a Ethiopian Airlines. O modelo aos poucos será substituído pelo avançado 787.
1983 ● Estréia oficial em vôo do BOEING 757 no dia 1 de janeiro através da companhia aérea Eastern Airlines. O modelo foi fabricado em 3 versões: B757-200 (passageiros), B757-200F (cargueiro) e B757-300 (passageiros e alongado). Com produção já encerrada, foram fabricadas 1.050 unidades deste modelo.
1994 ● A necessidade de uma aeronave moderna, de grande alcance e menor consumo de combustível que os trijatos e quadrijatos, fizeram nascer o BOEING 777, que voou pela primeira vez em 12 de junho. United Airlines, All Nippon Airways, British Airways, Japan Airlines e Cathay Pacific, foram as companhias aéreas que participaram junto com a BOEING do esboço e da análise do modelo, resultando em um cockpit com funções e design feitos para um melhor conforto na pilotagem da aeronave. Atualmente é fabricado nas versões 777-200, tendo como primeiro cliente a United Airlines, que recebeu a aeronave em maio de 1995; 777-200ER, projetado como uma opção de maior alcance que o 777-200, tendo como primeiro cliente a British Airways, que recebeu a primeira aeronave em fevereiro de 1997; 777-200LR, versão estendida do modelo; 777-300, aeronave comercial com maior alcance do mundo (17.446 km), tendo como primeiro cliente a Pakistan International Airlines, que o recebeu em fevereiro de 2006; 777-300ER; e o 777F (versão cargueira), tendo a Air France como primeiro cliente, que recebeu a aeronave em 2008.
1995 ● O BOEING 717-200 foi, até maio de 2006, uma opção da BOEING para o mercado de jatos regionais. Com capacidade para 106 passageiros, ele substituiu as versões menores do antigo Douglas DC-9 (MD-95), que deixou de ser fabricado. Foi lançado oficialmente em outubro de 1995 e o primeiro protótipo voou em setembro de 1998. O primeiro deles, entrou em serviço pela empresa AirTran Airways em 23 de setembro de 1999. Com produção já encerrada, foram fabricadas apenas 156 unidades do modelo.
2007
● Apresentação oficial do BOEING 787 Dreamliner em 8 de julho, o mais ousado e avançado avião já produzido pela empresa. No dia de seu lançamento oficial, mais de 670 unidades já haviam sido encomendadas por 48 companhias aéreas internacionais, fazendo dele o maior sucesso comercial da indústria aeronáutica mundial em todos os tempos. Hoje em dia, as encomendas já passam de 851 aeronaves para 56 clientes diferentes. O BOEING 787 é capaz de transportar de 200 a 350 passageiros, dependendo do modelo e da configuração do interior da aeronave. O primeiro será entregue para a ANA (All Nippon Airways), que comprou 50 unidades do modelo. O novo e revolucionário modelo poupa aproximadamente 20% de combustível comparando com aeronaves do mesmo segmento. Este ganho, segundo a empresa, deve-se aos novos materiais usados: 50% de materiais compostos, 20% de alumínio, 15% de titânio, 10% de aço e 5 % de outros materiais, testados em caças americanos. Com esta filosofia de construção foi possível poupar 1.500 folhas de alumínio, 45 mil parafusos e porcas, milhares de rebites e 100 quilômetros de fio de cobre. Seu custo por milha é 10% inferior que aviões do mesmo porte e graças à sua estrutura de materiais compostos, ele pesa apenas 13.000 toneladas, contra 18.000 do AIRBUS A330, que é considerado um dos melhores birreatores do mundo. Além disso, é 60% mais silencioso que qualquer jato. Enquanto um BOEING 767 precisa a cada seis anos passar por uma revisão completa, com o BOEING 787 esse período é de 12 anos. Um BOEING 787 leva aproximadamente 3 dias para ser produzido. Com capacidade para 223 passageiros, o novo modelo custa entre US$ 148 à 200 milhões, dependendo da configuração. O avião fez seu primeiro vôo no dia 15 de dezembro de 2009, cuja duração foi de 3 horas (3 horas menos que o planejado devido ao mau tempo). A decolagem e aterrisagem foram ambas realizadas no Boeing Field em Seattle, onde fica localizado o centro de testes da fabricante.

2011
● Realização do primeiro vôo teste do modelo 747-8 INTERCONTINENTAL, que terá capacidade para 467 passageiros na configuração de três classes, 51 a mais que a versão atual do jato, e consumirá menos combustível, além de ser o avião mais longo produzido no mundo (76.4 metros). A primeira versão, feita para demonstração na fábrica da empresa, tem pintura vermelha e laranja, diferente do tradicional azul utilizado pela BOEING. Essa mudança é uma homenagem aos clientes asiáticos, que vêem nestas cores sinais de prosperidade e sorte. A cabine do novo 747-8 terá interiores idênticos aos do modelo 787, nomeadamente na sua arquitetura curvilínea, que proporciona aos passageiros a sensação de mais espaço e conforto.

A guerra Há muito tempo que Airbus e BOEING competem para ver quem vende mais em menos tempo. Uma acusa a outra de só conseguir sucesso graças às massivas subvenções estatais. É uma guerra declarada. Até o ano de 2000 a empresa americana levava ampla vantagem. Mas os tempos mudaram. A montadora européia assumiu a liderança e começou uma agressiva guerra pela liderança de mercado. Devido a uma grave crise a BOEING permitiu que, em 2003, a européia Airbus tomasse a dianteira na entrega de aviões pela primeira vez na história da indústria aeronáutica. O fabricante americano começou então um processo de transformação que agora começa a render frutos. O ano de 2007, em termos de número de aeronaves vendidas, foi o melhor dos últimos anos. Outro fator positivo foi o número de encomendas firmes, 1.413 aeronaves, superando a marca histórica obtida em 2006. O próximo ano ficou marcado também por outra conquista: foi o ano em que a BOEING reconquistou a liderança perdida para a Airbus em diversas categorias. A empresa não só vendeu um número expressivo de aeronaves (441) como viu a lista total de encomendas ultrapassar a da concorrente européia pela segunda vez desde o ano 2000. Em 2008, a BOEING entregou um total de 375 aparelhos. O modelo mais entregue foi o 737 Next Generation (290 entregas), seguindo-se o 777, com 61 entregas. Foram ainda entregues 14 aviões 747 e dez 767. Durante o ano de 2008, registrou também um número recorde de pedidos. No total foram 662 as encomendas, com o 737 NG como alvo das atenções (484 pedidos). O segundo mais encomendado foi o 787 Dreamliner com 92 encomendas - sobretudo de países do Oriente Médio. Mas, em 2009, a empresa americana voltou a ser ultrapassada pela rival, entregando 481 aeronaves (contra 498 da Airbus) e 142 aviões com pedidos certos. Em 2010, continuou na segunda colocação com 462 aeronaves entregues, das quais 376 foram da família BOEING 737.

E a briga atual entre aos dois gigantes dos ares envolve dois modelos modernos e avançados tecnologicamente: o BOEING 787 e o AIRBUS A350.

A linha de montagem
A mais famosa linha de montagem da BOEING está localizada em Everett, 25 milhas ao norte da cidade de Seattle, estado de Washington. Foi especialmente construída há 40 anos para abrigar a linha de produção do gigante 747, então o maior avião de passageiros do mundo.

Em 27 de agosto de 2007 a BOEING comemorou a entrega da aeronave de fuselagem larga de número 3.000 desta fábrica. O modelo foi um avião 777-200ER, entregue a Korean Air. De acordo com a empresa americana, atualmente cerca de 80% dos aviões produzidos nesta fábrica ainda estão em serviço, num total de 2.610 aeronaves. Uma das atrações do local é a visitação pública guiada ao Future of Flight Aviation Center & Boeing, onde o turista poderá acompanhar a gigantesca linha de montagem dos modelos 747, 767, 777 e 787, passo à passo, na maior construção do mundo e com os maiores vãos livres do planeta, com mais de 5.6 milhões de m³ e ocupando uma área de 98.3 acres. Alguns números impressionantes deste gigantesco complexo: as portas de entrada de cada seção do hangar são do tamanho de um campo de futebol; caberiam 911 quadras de basquete dentre do hangar; em cada turno trabalham 9.000 pessoas; e a conta anual de luz é superior a US$ 16 milhões. O complexo ainda inclui um enorme teatro, uma loja (conhecida como BOEING STORE) e quatro cafés.

A evolução visual O logotipo da BOEING mudou muito desde o início da empresa. A tradicional tipologia de letra utilizada pela marca foi adotada na década de 1940. O atual logotipo da empresa, que assumiu definitivamente a cor azul, foi apresentado em 1997.

Dados corporativos ● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 15 de junho de 1916
● Fundador: William Boeing e George Conrad Westervelt ● Sede mundial: Chicago, Illinois
● Proprietário da marca: The Boeing Company
● Capital aberto: Sim
● Chairman & CEO: W. James McNerney Jr. ● Presidente: James Bell
● Faturamento: US$ 64.3 bilhões (2010)
● Lucro: US$ 3.3 bilhões (2010)
● Valor de mercado: US$ 44.9 bilhões (agosto/2011)
● Fábricas principais: 3
● Aeronaves entregues: 462 (2010)
● Presença global: 100 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 164.495 ● Segmento: Aeroespacial e defesa
● Principais produtos: Aviões comerciais e cargueiros ● Principais concorrentes: Airbus, Bombardier e Embraer
● Ícones: O avião conhecido como JUMBO ● Slogan: Forever New Frontiers. ● Website: www.boeing.com

A marca no mundo
A BOEING, referência mundial em aviação comercial, é uma das principais montadoras de aviões e material aeronáutico do mundo. Sua sede está localizada em Chicago, enquanto que as principais fábricas da empresa encontram-se na região metropolitana de Seattle, estado de Washington, em Everett; em Renton, St. Louis, onde a empresa produz caças e mísseis com fins militares; e Seal Beach, Califórnia, onde são desenvolvidos e produzidos satélites, foguetes e módulos de estações espaciais. Atualmente a empresa detém aproximadamente 50% do mercado de aviação comercial, empregando mais de 164 mil pessoas em 70 países. Em 2010 a BOEING entregou 462 aeronaves, alcançando faturamento superior a US$ 64 bilhões.

Você sabia?
● Atualmente mais de 12.100 aeronaves BOEING estão em operação no mundo inteiro.
● Hoje o grupo BOEING engloba a extinta McDonnell Douglas, que foi fundada numa associação de Donald Wills Douglas (da Douglas Aircraft Company) e de James Smith McDonnell (McDonnel Aircraft - St. Louis, em 1939) e a North American Rockwell (fundada em 1934 por Dutch Kindelberger como North American Aviation).

BRIDGESTONE

BRIGDGESTONE


Tecnologia de ponta. É assim, com apenas poucas palavras, que podemos definir a marca BRIDGESTONE. Ao comprar seus pneus o consumidor leva também segurança e tecnologia desenvolvida nas pistas de Fórmula 1 e adaptadas para serem utilizadas em ruas e estradas, aumentando a performance e a durabilidade do automóvel, tornando a marca um nome de referência quando se trata de deslocar pessoas e cargas de um ponto A para o B.

A históriaBuscando novas oportunidades no mercado japonês Shojiro Ishibashi iniciou no dia 9 de abril de 1930 suas primeiras experiências na produção de pneus. Utilizando maquinário importado e com apenas 20 funcionários, ele produziu, então, seus primeiros protótipos, dentro da então recém fundada divisão de pneus da fábrica de calçados de sua família, que havia sido responsável, de forma pioneira, pela produção em larga escala do Tabi, um calçado tradicional japonês. O crescimento da indústria automobilística japonesa levou Shojiro a fundar, no dia 1 de março de 1931, com um capital de US$ 1 milhão, em Kurume, subúrbio da cidade de Fukuoka, a Bridgestone Tire & Co. O nome da empresa derivava do próprio sobrenome do fundador (“Ishibashi”, em inglês, significa “Stonebridge”, ou “ponte de pedra”). Por questão de sonoridade, inverteu-se o nome, nascendo assim a BRIDGESTONE, sinônimo de resistência, durabilidade e internacionalidade no segmento de pneus.

No ano seguinte, a empresa exportou 14.000 unidades de pneus para caminhões e ônibus. A primeira fábrica da nova empresa ficou pronta em 1933, e no ano seguinte teve início a produção de pneus em larga escala. Como forma de satisfazer o aumento da procura na capital, ele mudou a sede da empresa para a cidade de Tóquio em 1937, onde continuou a expansão em novos setores, tais como correias em V, mangueiras de borracha, componentes para isolamento de vibrações e borracha sintética. No final da década de 30, a empresa já se expandia, com a inauguração de uma nova fábrica de pneus na cidade de Yokohama e outra de borracha, na China. Durante a Segunda Guerra Mundial a empresa dedicava-se a abastecer a máquina de guerra do exército japonês. Em 1942, devido a restrição na utilização de nomes americanos, a empresa passou a se chamar Nippon Tire, Co., nome que utilizaria até 1951.

Com o fim do conflito, a empresa estava praticamente destruída: as instalações de Tóquio foram completamente arruinadas pelos bombardeios, mas as fábricas de Kurume e Yokohama se encontravam intactas e em boas condições, possibilitando que a empresa retomasse a produção quase que imediatamente. Foi neste momento que a BRIDGESTONE começou a produzir pneus para motocicletas e aeronaves, além de comercializar o primeiro pneu japonês com bandas de rayon em 1951. A empresa cresceu, e, em 1953, as vendas anuais da BRIDGESTONE já alcançavam US$ 280 milhões, o mais alto faturamento entre os fabricantes japoneses de pneus. No início dos anos 60, a BRIDGESTONE lançaria no mercado o primeiro pneu radial de que o mundo teve notícia. Além disso, a empresa se expandiu internacionalmente, abrindo sua primeira fábrica fora do Japão, localizada na Malásia, no ano de 1965. Nesta época, com fábricas em Kurume, Yokohama e Tóquio, a empresa produzia uma vasta gama de produtos em borracha, além de pneus. Era igualmente o primeiro fabricante japonês de bicicletas e tinha uma empresa de produção automóvel, que construía mais de 5.000 veículos de passageiros e caminhões por mês.

Ishibashi morreu aos 88 anos no dia 11 de setembro de 1976. Na época, além de dominar o mercado japonês de pneus, a BRIDGESTONE já os comercializava com sucesso no mercado norte-americano, através de uma subsidiária instalada do estado da Califórnia desde 1967. Esta década ainda foi marcada pelo desenvolvimento de uma tecnologia para converter os pneus usados em combustível suplementar para fornos de cimento. No início dos anos 80, a empresa adquiriu três fábricas na Austrália e passou a figurar entre os seis maiores fabricantes de produtos pneumáticos do mundo. A primeira fábrica em território americano foi inaugurada somente em 1983, iniciando o domínio do mercado. Logo depois, em 1988, a BRIDGESTONE comprou a tradicional Firestone, então a segunda maior produtora de pneus dos Estados Unidos, e anunciou um plano de investimentos da ordem de US$ 1.5 bilhões nas operações da empresa americana. Um ano depois, foi criada a Bridgestone Americas Holding, que incorporou as operações da BRIDGESTONE/FIRESTONE nas Américas.

No início da década de 90, em 1992, a BRIDGESTONE começou a inaugurar suas revendas exclusivas em mercados internacionais (no Japão já existiam desde 1982), chamadas BRIDGESTONE TYRE CENTRE, ingressando assim no setor de varejo. Em 2007 a empresa comprou a Bandag, fundada em 1957 e líder na produção de materiais e equipamentos para recapagem de pneus. Com sede em Muscatine, estado do Iowa, a Bandag possui uma rede com mais de 900 revendas franqueadas que produz e comercializa pneus recapados, além de prestarem serviços de gerenciamento na área. Recentemente a empresa mudou radicalmente e inovou na venda de seus produtos. Hoje podemos dizer que ela não só vende pneus, mas presta serviços aos seus clientes frotistas. Isto porque a empresa cobra dos seus clientes - para pneus de caminhão - um preço variável por quilômetro rodado. A empresa desenvolveu sensores que são conectados a uma rede - um grande software - utilizados para medir desgaste e rupturas. Através da leitura destes dados, a BRIDGESTONE utiliza a experiência dos usuários para monitorar e dar feedback para seus clientes. Atualmente a BRIDGESTONE fabrica pneus para carros de passeio, veículos para construção, veículos comerciais, máquinas agrícolas, ônibus, caminhão, aeronaves, motocicletas, carros de corrida e até mesmo metrô.

A linha do tempo
1935

● Início da produção das tradicionais bolas de golfe.
1949
● Início da fabricação de bicicletas.
1959● Início da fabricação de pneus com fibras de nylon.
1962
● Desenvolvimento do primeiro pneu radial para caminhões e ônibus.
1967● Lançamento do BRIDGESTONE RD10, o primeiro pneu radial do mundo para carros de passeio.
1972
● Início do desenvolvimento e produção de tacos de golfe. Graças à mesma paixão por excelência, a BRIDGESTONE se tornou a número 1 do mercado neste segmento no Japão.
1978
● Lançamento do pneu super radial.
1979● Lançamento do POTENZA, um pneu radial de alta performance.
1982
● Lançamento do primeiro pneu do mercado japonês feito especialmente para rodar em pisos com neve.
1987● Início da comercialização da tecnologia RUNFLAT (RTF), que permitia ao pneu rodar com segurança a uma determinada velocidade mesmo depois da perda de ar. O Porsche 959 foi o primeiro modelo de produção em série a utilizar pneus com esta tecnologia. A empresa havia sido pioneira no desenvolvimento das tecnologias RUNFLAT no início da década de 80. Esses primeiros pneus destinavam-se essencialmente a equipar veículos de pessoas com deficiência física.
2002● Apresentação em Setembro, no Salão de Caminhões de Hanover na Alemanha, do novo sistema denominado AIRCEPT, que suportava cargas sobre o pneu até uma determinada perda de pressão de ar. Essa nova tecnologia foi aplicada na linha pneus GREATEC para caminhões e ônibus.
2010
● Lançamento do BRIDGESTONE B250 ECOPIA, um pneu que utiliza exclusiva tecnologia Nanopro-Tech, que garante economia de consumo de combustível e reduz emissões de poluentes na atmosfera.

As revendas
A BRIDGESTONE possui milhares de revendas exclusivas ao redor do mundo, somente nos Estados Unidos e Canadá são mais de 2.200 unidades. No Brasil são mais de 600 unidades, onde o consumidor pode usufruir de serviços de alinhamento, balanceamento, suspensão, freio, troca de óleo, além de venda de acessórios e pneus das marcas BRIDGESTONE e FIRESTONE. Todas as revendas possuem um único padrão visual pensado de forma a deixar o ambiente mais confortável e atraente para o cliente, trazendo um conceito de comunicação com o consumidor de pneus, baseado em um grande projeto de arquitetura, marketing e comunicação estratégica. Com esse conceito, A BRIDGESTONE quer transmitir para o cliente a própria experiência que ele tem com a marca: a tecnologia, precisão e modernidade dos produtos BRIDGESTONE.

A ligação com as corridas
A BRIDGESTONE ingressou na Fórmula 1 no ano de 1997, depois de fornecer pneus, somente para o Grande Prêmio do Japão nos anos de 1976 e 1977. Muito mais que bilhões de dólares em investimentos, o ingresso da marca na principal categoria do automobilismo mundial significava uma visão de futuro, possibilitando a BRIDGESTONE desenvolver tecnologia de ponta para competições e transferi-las para seus produtos de varejo, além de fixar a marca na Europa, onde a francesa Michelin era muito forte e praticamente dominante. A decisão de ingressar no esporte foi acertada: a BRIDGESTONE participou de mais de 240 corridas, conquistou mais de 175 vitórias e onze títulos mundiais. A BRIDGESTONE foi a única fornecedora de pneus da Fórmula 1 no período 2007-2010. A empresa fornece pneus para a MotoGP desde 2002 e a exemplo do que aconteceu na Fórmula 1, assinou contrato para ser a fornecedora única da categoria entre 2009 e 2011.

A evolução visualNo mês de março de 2011 ocorreu o lançamento mundial de seu novo logotipo e slogan “Your Journey, Our Passion” (“Sua jornada, nossa paixão”), anunciando também o aprimoramento da filosofia da empresa, a “Essência Bridgestone”, para comemorar o 80° aniversário de sua fundação. A nova identidade visual da marca passou por pequenas modificações, especialmente na tipologia da letra.

Os slogans
Your Journey, Our Passion. (2011)
It’s Bridgestone or nothing. (2006)
Designed to save lives. (2006)
Passion for Excellence. (2003)
A grip to the future.

Dados corporativos● Origem: Japão
● Fundação: 1 de março de 1931● Fundador: Shojiro Ishibashi
● Sede mundial: Tóquio, Japão
● Proprietário da marca: Bridgestone Corporation
● Capital aberto: Sim (1961)
● Chairman, CEO & Prsidente: Shoshi Arakawa
● Faturamento: US$ 35.6 bilhões (2010)
● Lucro: US$ 1.23 bilhões (2010)
● Valor de mercado: US$14 bilhões (junho/2011)
● Fábricas: 184
● Presença global: 150 países● Presença no Brasil: Sim (2 fábricas)
● Funcionários: 139.800
● Segmento: Automotivo
● Principais produtos: Pneus para carros, motos e caminhões
● Principais concorrentes: Goodyear, Michelin e Pirelli● Ícones: O famoso B de seu logotipo● Slogan: Your Journey, Our Passion.
● Website: www.bridgestone.com

A marca no mundoA BRIDGESTONE, maior produtora de pneus do mundo, produz e vende mais de 8 mil tipos de pneus, dos mais variados modelos e tamanhos. Comercializa seus produtos em 150 países ao redor do mundo, possuindo 184 fábricas, sendo 76 de pneus, 19 de matérias-primas e 89 de produtos diversos (autopeças, semicondutores, equipamentos para golfe e tênis, bicicletas). A evolução tecnológica do grupo tem o respaldo de scinco centros técnicos de excelência, instalados em pontos estratégicos para a corporação: Estados Unidos, Itália, Japão (2) e China. A América do Norte representa o maior mercado da marca com 43%, seguida do Japão com 27% e da Europa com 15%. Além da produção de pneus, a BRIDGESTONE atua ainda no ramo esportivo, com a fabricação de bicicletas e equipamentos de golfe.

Você sabia?● A venda de pneus representa 80% do faturamento total (mais de US$ 35.5 bilhões) da BRIDGESTONE.
● Com 3.300 funcionários, as unidades brasileiras produzem mais de 42 mil pneus. A produção abastece revendedores distribuídos pelas principais cidades do país, montadoras e exportação.
● A ligação da empresa com o golfe data de 1970 quando patrocinou o primeiro torneio, hoje conhecido como Bridgestone Open.