quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

BOEING

BOEING

O sobrenome de Willian Boeing, fundador da empresa, tornou-se sinônimo de avião. BOEING 737, 767, 757, 747 ou mais recentemente 777. E dificilmente quem anda ou já andou de avião não voou em um desses. O usamos também quando nos referimos a algo muito grande, dizendo que tal coisa “é do tamanho de um Boeing”. A empresa americana é um exemplo simples de como as marcas podem estar inseridas na nossa comunicação diária.

A história William Edward Boeing nasceu na cidade de Detroit em 1881, descendente de uma família de origem alemã. A família Boeing mudou-se para Seattle, na costa oeste americana. William cresceu e tornou-se um bem sucedido empresário do ramo madeireiro nos arredores de Grays Harbor, estado de Washington. Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, William e seu amigo George Conrad Westervelt, engenheiro e comandante de um esquadrão da marinha americana, começaram a acalentar o sonho de construir um hidroavião tão bom, ou melhor, que os já existentes. Compraram um hidroavião Martin e estudaram sua construção nos mínimos detalhes. Finalmente, criaram seu próprio modelo, batizado de B&W 1, que decolou em 29 de junho de 1916. Era o primeiro vôo de um BOEING. Surgia assim a Pacific Aero Products Company. Mostraram à marinha o avião, que logo agradou. Modificações foram feitas, e o novo modelo foi chamado de B&W “C” Model. Em 1917 foi declarada guerra à Alemanha. A Marinha encomendou 50 unidades do C-4, diretamente a Boeing Airplane Company, razão social adotada em 26 de abril do mesmo ano. Com o fim da guerra, a empresa encontrou dificuldades para sobreviver: passou a construir modelos desenhados por outras companhias. Seus projetistas desenvolveram então um ótimo avião, o trimotor para 12 passageiros conhecido como Model 80. Com esta aeronave, em 1926 a empresa venceu a concorrência para iniciar serviços de transporte de correio: nascia uma subsidiária, a Boeing Air Transport. Uma novidade foi à contratação de uma aeromoça (na verdade, uma ex-enfermeira) para cuidar dos passageiros durante os vôos entre San Francisco e Chicago. Com esta empresa aérea, muita experiência operacional foi adquirida.

Em 1932, a tradicional United Airlines adquiriu 60 unidades do Boeing 247, então a mais avançada aeronave produzida na América. A popularidade das viagens de avião durante a década de 30 e o crescente número de passageiros querendo voar sobre o oceano, levou a Pan American Airlines a procurar um hidroavião quadrimotor de longo alcance. Em resposta, a BOEING desenvolveu o modelo 314, conhecido popularmente como “Clipper”, que tinha alcance de 3.500 milhas e realizou oficialmente o primeiro vôo transatlântico no dia 28 de junho de 1939. Cerca de um ano depois, o Clipper estava voando rotineiramente através do Oceano Pacífico. Em 1936, outra aeronave que tornou a BOEING famosa começava a sair das pranchetas: foram os primeiros protótipos do B-17, apelidado de “Fortaleza Voadora”. No ano seguinte, o quadrimotor terrestre, BOEING 307, primeiro avião norte-americano pressurizado, foi lançado no mercado. Com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, as encomendas explodiram. Findado o conflito, a empresa desenvolveu um novo avião para transporte de passageiros, o modelo 377 Stratocruiser.

A vitória sobre a Alemanha nazista rendeu frutos inesperados. Os engenheiros da BOEING tiveram acesso aos projetos alemães, muito mais avançados em campos como propulsão e aerodinâmica. Com estes papéis em mãos, a empresa desenvolveu em 1950 seu primeiro jato, o B-47 Stratojet com seis turbinas; e seu projeto mais notável, o bombardeiro B-52 (que, passado mais de meio século, continua operacional na Força Aérea Americana). Com a força destes sucessos comerciais, a BOEING avançou em outras áreas da indústria aeroespacial. Foguetes balísticos intercontinentais de ataque, o módulo de propulsão do foguete Saturno V (que levaria o homem à lua), helicópteros Chinook, hidrofólios (peças que ajudas a abaixar a proa do barco), hovercrafts e mesmo um caça tático bi-supersônico são alguns dos projetos da empresa nos anos 60, quando já contava com mais de 100.000 funcionários e fábricas em Seattle e Wichita, Kansas.

No campo comercial, o sucesso do BOEING 707 deu origem a mais dois modelos: o tri-jato 727 em 1961, e em 1965 ao birreator 737, o avião mais vendido na história comercial da aviação. Os anos 60 marcaram ainda o mais fantástico projeto da empresa: o primeiro Widebody (conhecido como Jumbo), que ficaria famoso pelo nome comercial de BOEING 747. O cancelamento do supersônico 2707 e a crise energética de 1973 não ajudaram em nada os planos da empresa. A BOEING porém continuava líder inconteste no mercado civil, tendo entregue seu 3.000º jato comercial, um 727-200 para a Northwest Airlines, em 1977. A nova e terceira geração de jatos comerciais começava a ser desenvolvida com o anúncio do lançamento, em 1978, dos BOEING 7N7 e 7X7, que viriam a ser respectivamente o 757 e 767. Os anos 90 foram os mais difíceis para a empresa. Afinal, foi neste período que surgiu o único competidor capaz de enfrentá-la. Em número de encomendas, a BOEING perdeu o primeiro lugar como construtora de aeronaves comerciais para a européia Airbus, algo que não ocorria desde os tempos do modelo 707.

A reação começou em 1996, quando a McDonnell Douglas foi adquirida pela BOEING por US$ 13 bilhões. Nos anos seguintes a guerra entre BOEING e a rival européia Airbus acirrou, obrigando a empresa americana a se superar para não perder a liderança de mercado. Nesta voraz guerra, a BOEING deu uma cartada inesperada: anunciou o Sonic Cruiser, um ambicioso projeto na área de aeronaves comerciais. O Cruiser deveria voar longas distâncias à velocidades limítrofes à barreira do som, encurtando assim um vôo trans-pacífico em consideráveis 3 horas. Além disso, iria consumir mais combustível que os aviões de hoje (fala-se em 30% a mais), mas, em compensação, sua produtividade seria maior, gastando menos tempo para realizar uma viagem. O projeto se mostrou um fracasso e a BOEING concentrou suas forças na produção de suas mais novas e modernas aeronaves como o 777, o 787 e o novíssimo 747-8 Intercontinental.

A linha do tempo
1958
● Primeiro vôo comercial com o BOEING 707 (aeronave transcontinental com 4 turbinas) efetuado pela já extinta Pan American (Pan Am), no dia 26 de outubro, entre as cidades de Nova York e Paris. A versão era da série 707-120. Rapidamente diversas outras companhias aéreas adquiriram essa aeronave de enorme sucesso em todo o mundo, encurtando distâncias em longos vôos transatlânticos. O modelo era a maravilha da época. Podia transportar 181 passageiros em uma viagem sem escalas de Nova York a Paris. Em maio de 1991, foi suspensa a produção dessa aeronave, somando 1.010 unidades produzidas para uso comercial.
1964 ● Lançamento do BOEING 727, introduzido em serviço comercial no mês de fevereiro através da United Airlines. A aeronave utilizava três tripulantes na cabine de comando (comandante, co-piloto e o engenheiro de vôo). Foi a primeira aeronave tri-jato a ser disponibilizada no mercado. Em 5 de dezembro de 1977 a geração 727, bateu um recorde até então inédito. Foi transportado naquela data o passageiro de número 1 bilhão. Em setembro de 1995, esse número atingia 4.2 bilhões de passageiros transportados nesse tipo de aeronave, recorde absoluto em todo mundo. A sua produção comercial foi encerrada em agosto de 1984. Foram vendidas 1.832 aeronaves do modelo, incluindo todas as suas versões.
1967 ● Em 9 de abril foi realizado o vôo inaugural do modelo BOEING 737-100 (oficialmente denominados pela fábrica como “Originals”), entrando em serviço com a Lufthansa em fevereiro de 1968, como a primeira companhia aérea fora dos Estados Unidos à lançar um novo modelo da BOEING. Era um avião bi-jato, turbinas nas asas, bem mais econômico e versátil para pequenas e médias distâncias e que ocupava pouca pista. O modelo é o mais popular jato comercial de passageiros de fuselagem estreita (narrow-body) para médio-alcance no mundo. Com 6.160 pedidos e 5.009 unidades entregues, esta é a aeronave com a maior carteira de pedidos e de maior número de unidades de transporte de passageiros já produzida em todos os tempos. O modelo tem sido tão amplamente utilizado, há mais de 1.250 deles em vôo pelo mundo, que um 737 decola ou pousa a cada cinco segundos no mundo. No decorrer dos anos novas versões foram lançadas como o 737-200, versão original alongada introduzida em 1968; o 737-300, que entrou em serviço no dia 24 de fevereiro de 1984; o 737-400, versão desenvolvida para companhias áreas de vôos charters, que entrou em serviço no dia 19 de fevereiro de 1988; o 737-500, que entrou em serviço em 1990; o 737-600, que entrou em serviço em 1998 através da Scandinavian Airlines System; o 737-700, lançado pelas asas da Southwest Airlines em 1993, com capacidade para 124 passageiros, e que entrou em serviço em 1998; o 737-800, que entrou em serviço no ano de 1998; o 737-900, lançado pela Alaska Airlines em 1997, entrando em serviço no ano de 2000; e o 737-900ER, maior versão da aeronave com capacidade para até 215 passageiros, com “roll-out” (apresentação após a montagem final) ocorrida na fábrica, em Renton, Washington, em 8 de agosto de 2006 para o cliente estreante do modelo, a Lion Air. Ao todo foram produzidos e entregues mais de 6.600 aviões deste modelo, incluindo todas as versões.
1969
● Lançado oficialmente no dia 9 de fevereiro o modelo BOEING 747, em um vôo inaugural sob o comando do comandante Jack Waddell, do co-piloto Brien Wygle e do engenheiro de vôo Jess Wallick. Foi projetado na década de 60 para satisfazer a demanda de companhias aéreas norte-americanas, européias e japonesas por um tipo de equipamento mais adequado para viajar a grandes distâncias, ligando grandes centros urbanos sem necessidade de escalas para reabastecimento, sobrevoando inclusive o Oceano Atlântico, o Oceano Pacífico e outras regiões inóspitas e isoladas do planeta, como desertos e florestas. O modelo era widebody (como é designado todo avião comercial contendo três fileiras de assentos, com um par de fileiras de assentos próximas à janela e uma fileira no meio e dois corredores). O Jumbo ou “King of the skies” (o rei dos ares), como ficou conhecido o modelo, tornou-se a galinha dos ovos de ouro (“cash cow”) da empresa. Ao longo dos anos o modelo foi utilizado para o transporte de passageiros e cargas, com versões configuradas para 350 passageiros (baixa-densidade), 400 passageiros (média-densidade) ou 450 passageiros (alta-densidade). O desenvolvimento do modelo 747 quase causou a falência da BOEING pelos elevados custos de desenvolvimento, mas o esforço valeu a pena, pois ele se tornou um verdadeiro best seller, e certamente um dos maiores sucessos da empresa em todos os tempos. Em setembro de 1993, quando a BOEING fabricou seu milésimo aparelho, os 747 tinham transportado mais de 1.4 bilhões de passageiros, o equivalente a um quarto da população terrestre, e percorrido 28 trilhões de quilômetros. Desde 1969 já vendeu mais de 1.350 unidades, nas versões SP (um 747 mais curto), 100 (com 3 janelas na parte superior), 200 (com mais janelas na parte superior), 300 (com a parte superior alongada) e 400 (com wing-lets nas pontas das asas). O 747-400, a única versão do modelo ainda em fabricação, mas com vendas já suspensas, foi a que recebeu a maior quantidade de inovações técnicas e a introdução de novos materiais que permitiram uma significativa redução de peso e, como conseqüência, redução no consumo de combustível, além da adoção de motores mais silenciosos e de manutenção mais barata, entrou em serviço em 1989, tendo a Northeast Airlines como seu primeiro cliente. Uma das versões mais recentes do modelo, apresentada em 2005, é o moderno cargueiro 747-8F, que tem autonomia de vôo e peso de decolagem maior, e começou a voar somente em 2011. As companhias aéreas que tem mais BOEING 474 em suas frotas atualmente são a JAL (Japan Airlines), British Airways e Korean Air.

1982
● Lançamento oficial em 19 de agosto do primeiro BOEING 767, entregue a United Airlines, entrando em serviço somente no dia 8 de setembro, quando realizou a rota entre as cidades de Chicago e Denver. O modelo, um widebody com configuração de assentos 2x3x2 na classe econômica, foi projetado para longo alcance e baixo custo operacional, sendo o principal responsável pela grande popularização dos vôos transatlânticos na década de 80. Chegou a ser a aeronave que mais cruzava o Oceano Atlântico diariamente. Em março de 1984 surgiu o modelo 767-200ER, uma versão que tinha um alcance superior, mesmo quando muito pesado, e um tanque central adicional para permitir vôos ainda mais longos. A primeira companhia aérea que operou este modelo foi a Ethiopian Airlines. O modelo aos poucos será substituído pelo avançado 787.
1983 ● Estréia oficial em vôo do BOEING 757 no dia 1 de janeiro através da companhia aérea Eastern Airlines. O modelo foi fabricado em 3 versões: B757-200 (passageiros), B757-200F (cargueiro) e B757-300 (passageiros e alongado). Com produção já encerrada, foram fabricadas 1.050 unidades deste modelo.
1994 ● A necessidade de uma aeronave moderna, de grande alcance e menor consumo de combustível que os trijatos e quadrijatos, fizeram nascer o BOEING 777, que voou pela primeira vez em 12 de junho. United Airlines, All Nippon Airways, British Airways, Japan Airlines e Cathay Pacific, foram as companhias aéreas que participaram junto com a BOEING do esboço e da análise do modelo, resultando em um cockpit com funções e design feitos para um melhor conforto na pilotagem da aeronave. Atualmente é fabricado nas versões 777-200, tendo como primeiro cliente a United Airlines, que recebeu a aeronave em maio de 1995; 777-200ER, projetado como uma opção de maior alcance que o 777-200, tendo como primeiro cliente a British Airways, que recebeu a primeira aeronave em fevereiro de 1997; 777-200LR, versão estendida do modelo; 777-300, aeronave comercial com maior alcance do mundo (17.446 km), tendo como primeiro cliente a Pakistan International Airlines, que o recebeu em fevereiro de 2006; 777-300ER; e o 777F (versão cargueira), tendo a Air France como primeiro cliente, que recebeu a aeronave em 2008.
1995 ● O BOEING 717-200 foi, até maio de 2006, uma opção da BOEING para o mercado de jatos regionais. Com capacidade para 106 passageiros, ele substituiu as versões menores do antigo Douglas DC-9 (MD-95), que deixou de ser fabricado. Foi lançado oficialmente em outubro de 1995 e o primeiro protótipo voou em setembro de 1998. O primeiro deles, entrou em serviço pela empresa AirTran Airways em 23 de setembro de 1999. Com produção já encerrada, foram fabricadas apenas 156 unidades do modelo.
2007
● Apresentação oficial do BOEING 787 Dreamliner em 8 de julho, o mais ousado e avançado avião já produzido pela empresa. No dia de seu lançamento oficial, mais de 670 unidades já haviam sido encomendadas por 48 companhias aéreas internacionais, fazendo dele o maior sucesso comercial da indústria aeronáutica mundial em todos os tempos. Hoje em dia, as encomendas já passam de 851 aeronaves para 56 clientes diferentes. O BOEING 787 é capaz de transportar de 200 a 350 passageiros, dependendo do modelo e da configuração do interior da aeronave. O primeiro será entregue para a ANA (All Nippon Airways), que comprou 50 unidades do modelo. O novo e revolucionário modelo poupa aproximadamente 20% de combustível comparando com aeronaves do mesmo segmento. Este ganho, segundo a empresa, deve-se aos novos materiais usados: 50% de materiais compostos, 20% de alumínio, 15% de titânio, 10% de aço e 5 % de outros materiais, testados em caças americanos. Com esta filosofia de construção foi possível poupar 1.500 folhas de alumínio, 45 mil parafusos e porcas, milhares de rebites e 100 quilômetros de fio de cobre. Seu custo por milha é 10% inferior que aviões do mesmo porte e graças à sua estrutura de materiais compostos, ele pesa apenas 13.000 toneladas, contra 18.000 do AIRBUS A330, que é considerado um dos melhores birreatores do mundo. Além disso, é 60% mais silencioso que qualquer jato. Enquanto um BOEING 767 precisa a cada seis anos passar por uma revisão completa, com o BOEING 787 esse período é de 12 anos. Um BOEING 787 leva aproximadamente 3 dias para ser produzido. Com capacidade para 223 passageiros, o novo modelo custa entre US$ 148 à 200 milhões, dependendo da configuração. O avião fez seu primeiro vôo no dia 15 de dezembro de 2009, cuja duração foi de 3 horas (3 horas menos que o planejado devido ao mau tempo). A decolagem e aterrisagem foram ambas realizadas no Boeing Field em Seattle, onde fica localizado o centro de testes da fabricante.

2011
● Realização do primeiro vôo teste do modelo 747-8 INTERCONTINENTAL, que terá capacidade para 467 passageiros na configuração de três classes, 51 a mais que a versão atual do jato, e consumirá menos combustível, além de ser o avião mais longo produzido no mundo (76.4 metros). A primeira versão, feita para demonstração na fábrica da empresa, tem pintura vermelha e laranja, diferente do tradicional azul utilizado pela BOEING. Essa mudança é uma homenagem aos clientes asiáticos, que vêem nestas cores sinais de prosperidade e sorte. A cabine do novo 747-8 terá interiores idênticos aos do modelo 787, nomeadamente na sua arquitetura curvilínea, que proporciona aos passageiros a sensação de mais espaço e conforto.

A guerra Há muito tempo que Airbus e BOEING competem para ver quem vende mais em menos tempo. Uma acusa a outra de só conseguir sucesso graças às massivas subvenções estatais. É uma guerra declarada. Até o ano de 2000 a empresa americana levava ampla vantagem. Mas os tempos mudaram. A montadora européia assumiu a liderança e começou uma agressiva guerra pela liderança de mercado. Devido a uma grave crise a BOEING permitiu que, em 2003, a européia Airbus tomasse a dianteira na entrega de aviões pela primeira vez na história da indústria aeronáutica. O fabricante americano começou então um processo de transformação que agora começa a render frutos. O ano de 2007, em termos de número de aeronaves vendidas, foi o melhor dos últimos anos. Outro fator positivo foi o número de encomendas firmes, 1.413 aeronaves, superando a marca histórica obtida em 2006. O próximo ano ficou marcado também por outra conquista: foi o ano em que a BOEING reconquistou a liderança perdida para a Airbus em diversas categorias. A empresa não só vendeu um número expressivo de aeronaves (441) como viu a lista total de encomendas ultrapassar a da concorrente européia pela segunda vez desde o ano 2000. Em 2008, a BOEING entregou um total de 375 aparelhos. O modelo mais entregue foi o 737 Next Generation (290 entregas), seguindo-se o 777, com 61 entregas. Foram ainda entregues 14 aviões 747 e dez 767. Durante o ano de 2008, registrou também um número recorde de pedidos. No total foram 662 as encomendas, com o 737 NG como alvo das atenções (484 pedidos). O segundo mais encomendado foi o 787 Dreamliner com 92 encomendas - sobretudo de países do Oriente Médio. Mas, em 2009, a empresa americana voltou a ser ultrapassada pela rival, entregando 481 aeronaves (contra 498 da Airbus) e 142 aviões com pedidos certos. Em 2010, continuou na segunda colocação com 462 aeronaves entregues, das quais 376 foram da família BOEING 737.

E a briga atual entre aos dois gigantes dos ares envolve dois modelos modernos e avançados tecnologicamente: o BOEING 787 e o AIRBUS A350.

A linha de montagem
A mais famosa linha de montagem da BOEING está localizada em Everett, 25 milhas ao norte da cidade de Seattle, estado de Washington. Foi especialmente construída há 40 anos para abrigar a linha de produção do gigante 747, então o maior avião de passageiros do mundo.

Em 27 de agosto de 2007 a BOEING comemorou a entrega da aeronave de fuselagem larga de número 3.000 desta fábrica. O modelo foi um avião 777-200ER, entregue a Korean Air. De acordo com a empresa americana, atualmente cerca de 80% dos aviões produzidos nesta fábrica ainda estão em serviço, num total de 2.610 aeronaves. Uma das atrações do local é a visitação pública guiada ao Future of Flight Aviation Center & Boeing, onde o turista poderá acompanhar a gigantesca linha de montagem dos modelos 747, 767, 777 e 787, passo à passo, na maior construção do mundo e com os maiores vãos livres do planeta, com mais de 5.6 milhões de m³ e ocupando uma área de 98.3 acres. Alguns números impressionantes deste gigantesco complexo: as portas de entrada de cada seção do hangar são do tamanho de um campo de futebol; caberiam 911 quadras de basquete dentre do hangar; em cada turno trabalham 9.000 pessoas; e a conta anual de luz é superior a US$ 16 milhões. O complexo ainda inclui um enorme teatro, uma loja (conhecida como BOEING STORE) e quatro cafés.

A evolução visual O logotipo da BOEING mudou muito desde o início da empresa. A tradicional tipologia de letra utilizada pela marca foi adotada na década de 1940. O atual logotipo da empresa, que assumiu definitivamente a cor azul, foi apresentado em 1997.

Dados corporativos ● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 15 de junho de 1916
● Fundador: William Boeing e George Conrad Westervelt ● Sede mundial: Chicago, Illinois
● Proprietário da marca: The Boeing Company
● Capital aberto: Sim
● Chairman & CEO: W. James McNerney Jr. ● Presidente: James Bell
● Faturamento: US$ 64.3 bilhões (2010)
● Lucro: US$ 3.3 bilhões (2010)
● Valor de mercado: US$ 44.9 bilhões (agosto/2011)
● Fábricas principais: 3
● Aeronaves entregues: 462 (2010)
● Presença global: 100 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 164.495 ● Segmento: Aeroespacial e defesa
● Principais produtos: Aviões comerciais e cargueiros ● Principais concorrentes: Airbus, Bombardier e Embraer
● Ícones: O avião conhecido como JUMBO ● Slogan: Forever New Frontiers. ● Website: www.boeing.com

A marca no mundo
A BOEING, referência mundial em aviação comercial, é uma das principais montadoras de aviões e material aeronáutico do mundo. Sua sede está localizada em Chicago, enquanto que as principais fábricas da empresa encontram-se na região metropolitana de Seattle, estado de Washington, em Everett; em Renton, St. Louis, onde a empresa produz caças e mísseis com fins militares; e Seal Beach, Califórnia, onde são desenvolvidos e produzidos satélites, foguetes e módulos de estações espaciais. Atualmente a empresa detém aproximadamente 50% do mercado de aviação comercial, empregando mais de 164 mil pessoas em 70 países. Em 2010 a BOEING entregou 462 aeronaves, alcançando faturamento superior a US$ 64 bilhões.

Você sabia?
● Atualmente mais de 12.100 aeronaves BOEING estão em operação no mundo inteiro.
● Hoje o grupo BOEING engloba a extinta McDonnell Douglas, que foi fundada numa associação de Donald Wills Douglas (da Douglas Aircraft Company) e de James Smith McDonnell (McDonnel Aircraft - St. Louis, em 1939) e a North American Rockwell (fundada em 1934 por Dutch Kindelberger como North American Aviation).

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